A escleroterapia com espuma consiste na injeção de um medicamento esclerosante na forma de espuma no interior da veia a ser tratada, sendo o medicamento mais utilizado o Polidocanol. A função do esclerosante é provocar uma reação inflamatória pela destruição do endotélio que é a camada de revestimento interno das veias.
Esta reação inflamatória leva a uma retração fibrótica da veia com sua oclusão e desaparecimento.
A forma de espuma permite que o esclerosante fique mais tempo em contato com a veia doente, potencializando a ação medicamentosa, possibilitando o tratamento de veias maiores e permitindo substituir o tratamento cirúrgico por um procedimento ambulatorial.
O tratamento com espuma é uma opção para o tratamento das veias tronculares como as safenas magnas e de veias tortuosas e dilatadas ( veias colaterais ) . Para o tratamento dos "vasinhos" ( teleangiectasias ) o mais adequado é a escleroterapia com líquido.
O procedimento é realizado no consultório e o tratamento é distribuído em sessões com intervalos entre 1 semana e 15 dias.
A punção das veias de forma guiada por ultrassonografia no caso de veias não aparentes como a Safenas ou outras veias mais afastadas da pele ou pode ser utilizada uma iluminação especial com o fleboscópio ou mesmo por visualização direta. Após a punção é injetada a espuma e após alguns minutos é feita a compressão por meias elásticas.
Imediatamente após o procedimento o paciente deve caminhar por cerca de 10 minutos e deve permanecer com a meia entre 3 e 7 dias.
O tratamento com a espuma tende a ser mais demorado que o tratamento cirúrgico e os resultados finais podem levar alguns meses para serem atingidos dependendo da quantidade e características das veias tratadas como diâmetro, relação com veias tronculares incompetentes e topografia.
Após as sessões de espuma um pouco de sangue fica aprisionado em segmentos das veias e este sangue deve ser drenado por pequenas punções, o que pode trazer algum desconforto mas é uma parte essencial deste tipo de tratamento.
A adequada drenagem dos segmentos tratados e a correta seleção dos casos a serem tratados pela técnica da espuma evita o surgimento da pigmentação da pele sobre o trajeto das varizes.
Nos casos adequadamente tratados esta pigmentação é leve e transitória desaparecendo com o tempo.
Estas são algumas fotos de pacientes tratados por mim e que autorizaram a utilização das imagens para divulgação da técnica da escleroterapia com espuma.
É importante observar que não há como garantir resultados em nenhum tipo de tratamento médico e que esta técnica pode não ser a mais adequada para seu caso específico.
Somente uma avaliação clínica criteriosa realizada por um especialista, uma conversa franca sobre as queixas e expectativas durante a consulta além das explicações sobre as características de cada método de tratamento e suas potenciais complicações podem determinar que técnica obterá os melhores resultados possíveis para cada paciente.